domingo, 11 de setembro de 2011

MINHA INFÂNCIA NA ROÇA NO NORTE DO PARANÁ - by FARINA



TEMPOS FELIZES



Passei a minha infância (anos 60) no Município de Rolândia, norte do Paraná. Como eu tinha os meus avôs, tios e primos morando na zona rural (sítio ) passsava todas as férias com eles. Acordávamos bem cedinho... por volta das 6:00 horas.  Os passarinhos nos acordavam sempre neste horário com a alvorada. Eram bem-te-vis, pássaros pretos, anús, tizil, sanhaços, sabiás, tico-tico e pombinhas... Corríamos para o curral para pegar leite quente com espuma e açucar direto no copo. Depois vínhamos para a cozinha comer pão com toucinho ou pão com torresmo. Logo cedo inventávamos um monte de brincadeiras. Uma delas era caçar passarinhos com estilingue. Pegávamos um embornal... o  colocávamos atravessado no ombro e íamos para o rio pegar seixos (pequenas pedras arrendondadas). Após, entrávamos no pomar ou no cafezal na esperança de abater uma pomba juriti para o almoço. Mas Deus sempre protegeu estas aves. Nunca consegui matar uma sequer. Bom... então armávamos arapucas para pegá-las. Muitas vezes conseguimos pegá-las. Levávamos as pobrezinhas para o meu tio abater. Após tirar as víceras e as penas não sobrava quase nada de carne. No verão, na parte da tarde, íamos quase todo dia nadar no riacho. Era um ribeirão pequeno de águas cristalinas e puras. Podíamos até beber  água diretamente do rio. Como o rio era muito pequeno, tínhamos que represá-lo. Colocávamos pedras, madeiras e barro. Tínhamos muita paciência e tempo. Caprichávamos tanto que muitas vezes conseguíamos até 0.80 centímetros de profundidade. Nossa!... para nós era melhor que piscina. Água limpa e geladinha. Foi assim que aprendi a nadar. Primeiramente estilo "cachorrinho" e depois "braçada". Tenho até hoje na minha mente a delícia daquelas águas "profundas" e geladas.... Muitas vezes levávamos peneira para pescarmos. íamos peneirando a água próximo ao barranco, trazendo para cima, barro, pedras e (quando dava sorte) lambaris e camarões de água doce. Mas, o que mais pegávamos eram carangueiros e girinos (filhotes de sapo). Saíamos sempre também  a passear à cavalo. Meu avô tinha duas éguas, a Serena e a Gaucha. As duas eram negras e tinham manchas brancas na testa. Eram lindas. Eu sempre montava a Gaucha que era mais mansa e o meu primo a Serena que era arisca. As vezes íamos longe. Até o Caramurú. Não havia perigo... Não tinha bandido... Não tinha ladrão... Era um prazer incrível poder respirar aquela brisa com o cheiro da florada dos eucaliptos e flores silvestres. Era tudo tão bonito... aqueles cafezais... os trabalhadores capinando a roça...os cumprimentos... tarde!... dia!... (quase ninguém falava bom dia!.. Boa tarde!...) As vezes apóstavamos corrida. (eu perdia sempre e ainda gritava: - me espera preto (apelido do Toninho).  Ao chegarmos em casa andavámos com as pernas abertas por causa das feridas que se formavam nas nádegas. Era uma cavalgada hoje e um período de descanso de pelo menos uns cinco dias para que as feridas cicatrizassem. Eu, meu primos e irmãos adorávamos também acompanhar meu tio e meu avô em viagens de charrete até a venda do Caramurú. Enquanto o meu tio tomava uma "branquinha" eu e meu primo comíamos sanduiche de mortadela e paçoquinha. Meu tio Manoel tinha quatro cachorros americanos de caça e sempre o acompanhávamos em suas caçadas. Era muito divertido. Quando os cães "levantavam" alguma paca ou cotia começavam a correr e uivar sem parar. Ai nós tínhamos que correr junto para ver o resultado. As vezes corríamos uma manhã inteira e era só frescura dos cachorros. (não tinha bicho nenhum). Eu gostava muito quando chegava visita à noite. Eu e meu primo ficávamos sentados ao lado do fogão caipira à lenha comendo pipoca e o meu tio, avô  e visita ficavam contando causos de assombração. O duro era dormir depois. A gente sempre acreditava naquelas mentiras que eles contavam. Eles sempre falavam assim: - "Não sei se é verdade, mas lá em Barretos, meu avô contava que aparecia uma luzinha depois da meia noite e acompanhava os cavaleiros e suas comitivas". A gente sempre ajudava a avó na capina e limpeza do quintal e do pomar e em troca ela fazia pra nós cural de milho, bolos e outras guloseimas. Fazíamos casas do Tarzan em cima das árvores. Amarrávamos uma corda para subir e descer da árvore. Íamos a uma floresta que havia lá perto atrás de marfim para fazermos arco e flexa. Os arcos eram tão bons que conseguíamos arremessar flexas a mais de 50 metros de distância. Subíamos em eucaliptos finos, e, estando lá em cima, forçávamos o tronco a inclinar até  alcançarmos o chão. À noite em nosso quarto ficávamos contando "estórias" e piadas que ouvíamos dos adultos. Na falta de piadas novas repetíamos as de sempre. E o pior, sempre ríamos do mesmo jeito  (isso é que é solidariedade). Teve uma época que  fazíamos carrinhos com rodas de pau e apostávamos corrida descendo em alta velocidade o carreador do sítio. Muitas vezes o "breque" falhava e acabávamos parando com o "chifre" no barranco. As corridas sempre acabavam em chôro. Um dia resolvermos construir um barco para navegar na represa do meu avô. Usamos um tacho (não deu certo)... usamos a mantimenteira da minha avó (também não deu certo)... Aí o meu tio Mané teve uma feliz ideia. Foi lá no mato e cortou uma árvore de imbaúva que é oca por dentro... juntou dois troncos em forma de "V" e pregou taboinhas... Aí deu certo... Passamos uma tarde deliciosa remando e pescando lambaris na represa. Tenho muitas outras estórias para contar, mas vai ficar para outro oportunidade. Até lá pessoal!...JOSÉ CARLOS FARINA - ADVOGADO - ROLÂNDIA - PR.

CAVALGADA , CAVALOS E CAVALEIROS in HD - ROLÂNDIA - PR.

MOTOS e MOTOQUIEIROS in ROLÂNDIA - DESFILE - HD - ALTA DEFINIÇÃO - FARINA

sábado, 10 de setembro de 2011

FEIRA FEIRACIR DE ROLÂNDIA - 2011 - MÓVEIS, CONFECÇÕES, MÚSICA e GASTRONOMIA


LONDRINA - FARACO DESAFIA PROMOTORA SOLANGE VICENTIN


BONDENEWS

O secretário municipal do Ambiente, José Novaes Faraco, está otimista quanto à sua permanência a frente do cargo ocupado na administração pedetista do prefeito Barbosa Neto. Apesar da possibilidade do Ministério Público apresentar uma ação para pedir o seu afastamento, o secretário afirmou que confia na Justiça e se disse inocente nas cinco ações que responde contra o meio ambiente. "Só fui denunciado depois que contrariei interesses particulares", disse Faraco em entrevista à rádio CBN Londrina. A promotora de Defesa do Meio Ambiente, Solange Vicentin, disse estar cansada de receber denúncias contra o secretário. Ela espera providências políticas e até judiciais contra José Faraco. Por outro lado, o secretário afirmou que respeita a promotora. Apesar disso, ele desafiou Solange a protocolar o pedido de afastamento. "Isso é excesso de autoridade. Agora eu quero que ela apresente esta solicitação. Só vou sair quando o Barbosa deixar o cargo de prefeito." O secretário fez até uma previsão e apostou na reeleição de Barbosa, apesar do próprio prefeito já ter tornado pública a informação de que ele não pretende disputar as eleições do próximo ano. "Vocês podem 'tirar o cavalinho da chuva'. Eu só saio no final do segundo mandato do Barbosa", esbravejou Faraco. (com informações da rádio CBN Londrina)

AMBIENTALISTA DE ROLÂNDIA SÃO CONTRA MUDANÇA NA LEI DE PROTEÇÃO DE FUNDOS DE VALES

Li agora no jornal do Rodrigo Stutz que a prefeitura pretende uma autorização especial para mudar o plano diretor para que uma construtora possa invadir a área de preservação permanente de Fundo de Vale atualmente com 70 metros de proteção. A alegação é de que a construtura pretende construir dois blocos de edifícios com vários apartamentos. Concordo com os Senhores Gilberto São João e Milton Luiz dos Santos. Porteira que passa um boi passa também uma boiada. Se abrirmos precedentes para esta construtora outras pessoas e empresas exigirão igual tratamento. A lei tem que ser cumprida e respeitada por TODOS. Que se construa então menos apartamentos. É a única saída. Ou que se procure então uma área maior em outro local, longe de fundos de vales protegidos por LEI. JOSÉ CARLOS FARINA

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

DESFILE 7 DE SETEMBRO ROLÂNDIA - 3º vídeo - By FARINA

DESFILE 7 DE SETEMBRO ROLÂNDIA - 2º vídeo - By FARINA

Rolândia - casal escapa por milagre de tiros

Um casal foi vítima de disparos ontem na Av. Pres. vargas, próximo ao Posto do Cerso. Duas pessoas passaram de moto e efetuaram vários disparos. Um tiro passou de raspão no pescoço da mulher e um tiro passou também de raspão no pescoço do rapaz. As vítimas (Galiano e Edna ) não souberam ou não quiseram prestar esclarecimentos.